terça-feira, 16 de setembro de 2008

Adeus, Rick



Londres, 28 de Julho de 1943 — Londres, 15 de Setembro de 2008

Morreu ontem um dos principais ícones do rock progressivo, e um dos fundadores do Pink Floyd, o cantor, compositor e tecladista, Richard Wright. Aos 65 anos, ele não resistiu à uma breve luta contra o câncer, conforme nota emitida pelo seu porta-voz. Em respeito à família e aos amigos, nenhum detalhe adicional foi dado, fazendo jus ao mais low-profile dos integrantes do Pink Floyd.

De fato, Wright sempre foi mais tímido sob o olhar dos holofotes, se comparado ao resto da banda. Fato natural, uma vez que a maioria das composições da banda provinha de Waters ou de Gilmour. Encontramos ainda precedentes, se comparamos a história do Floyd à dos Beatles. 

Engana-se, porém, que lhe atribui menor importância. Wright desde o início teve participação ativa nas composições e arranjos, e sem dúvida sua maneira de tocar e sua sensibilidade musical deram ao Pink Floyd uma marca original. Tornou-se também um dos principais parceiros musicais de Gilmour, mesmo quando a banda começava a sucumbir à Ego-trip de Waters em The Wall.  E quando enfim o Floyd se rendeu a esse capricho de Waters, Wright foi afastado da banda, participando apenas da turnê do álbum. Voltaria com a saída de Waters, na gravação de A Momentary Lapse of Reason e a partir daí contribuiria até as últimas composições do Floyd, em Division Bell. 

No período em que esteve afastado, agrupou-se com outros músicos e montou o Zee. Também gravou 2 álbuns solo ao longo de sua carreira: Wet Dream (1978) e Broken China (1996).  Não cabe aqui citar cada uma de suas composições, pois seria impossível enumerar suas contribuições tanto para o Pink Floyd, como para outros músicos.

Wright pode não ter sido o mais polêmico ou comunicativo dos membros da banda, mas foi sem dúvida um componente essencial no que se configurou como a alma do Pink Floyd. Mais do que isso, foi um homem gentil e sensato, que deixará para sempre uma lacuna nos corações de seus fãs, mas também sua memória viva.

O 115 dB deixa essa pequena nota como uma homenagem a um dos grandes ícones da música, que hoje habita um lugar melhor, e que com toda certeza, incendeia agora aquele Great Gig in the Sky. 

2 comentários:

Ito disse...

Pois é, o Time do Além está ficando melhor... imagina: Lennon, Harrison, Morrison, Hendrix, Entwistle, Moon, Bonham, Janis etc...

Spock disse...

è.. como o Ito me disse no dia 15, após lermos a noticia na internet, é muito ruim vermos nossos idolos morrerem... a participação dele na banda é fora de série, ele era qm dava o toque final nas musicas... basta ver o conjunto de vocal dele junto com gilmour em echoes por exemplo... mas a vida é assim... com certeza a festa no céu está ficando melhor... pena q aqui em baixo as coisas só pioram na cena musical...

PS: o mestre Barrett tá lá em cima tb...