É com muito prazer que anúncio a volta deste periódico, depois de meses de abstenção. Agora sim sou um homem livre, comunicólogo formado, pronto para desfrutar os prazeres da carreira profissional – apesar de ainda carregar a cruz de estagiário por mais alguns dias – e mergulhar nas maravilhas de uma jornada de trabalho sem a preocupação de um TCC (PGE para os Espmianos).
De fato este pequeno espaço virtual carecia de atenção. Não passava de um pequeno blog faminto, ocupando um pedaço ridículo dos servidores do Google. Agora sim, pretendo aproveitar bem o espaço e tornar periódica a atualização desta porra. Espero que você, que me acompanhou durante todos estes meses, continue acompanhando e repudiando meus textos. Caso você seja novo por estas bandas, seja bem vindo e sinta-se à vontade para criticar e opinar.
Depois do longo jejum, venho aqui recomendar um belo banquete musical. Como sempre, as maravilhas da Internet permitiram que eu, e mais milhões de usuários, tivéssemos acesso ao tão esperado Era Vulgaris, antes mesmo do seu lançamento, ocorrido no último dia 12.
Pra quem não sabe, Era Vulgaris é o nome do novo álbum do Queens Of the Stone Age. Algumas músicas já tinham vazado antes do álbum completo, mas eu não havia me dado por satisfeito. Na verdade, estava até um pouco apreensivo, pois não tinha gostado muito do que tinha ouvido até então. Mas o fato é que o Era Vulgaris, assim como qualquer outro disco do QOTSA, é de difícil audição. É preciso assimilar o material antes de proferir qualquer opinião. E feito isso, o que posso dizer é que mais uma vez o QOTSA fez um disco do caralho.
A comparação com os álbuns anteriores, em especial com o Songs for the Deaf (já citado neste mesmo blog), é inevitável. Nesse quesito, o Era Vulgaris perde, por pouco, mas perde. Mesmo assim é um puta disco. É naturalmente indigesto, industrial, inteligente, indecente e muitos outros In’s.
Josh Homme conseguiu colocar num mesmo álbum sua genialidade em canções pesadas, leves, imprevisíveis, estranhas, fabulosas, enfim, ao gosto do freguês. Nota-se uma boa influência de White Zombie, principalmente pela pegada industrial, em canções como Battery Acid e Misfit Love. Ao mesmo tempo, Turning on the Screw faz-me lembrar dos Beatles, especialmente pela linha vocal.
Falando em banquete, o clipe de Sick, Sick, Sick, um dos primeiros singles a vazar, com a participação de Julian Casablancas (Strokes), já está disponível. Se você quiser ver, basta clicar aqui.
Em linhas gerais, considero o disco Muito Bom. Nota 9,0. Ainda não passou o Songs for The Deaf e o Rated R, mas está de ótimo tamanho. Se te interessou, baixe o material:
Créditos para a comunidade do QOTSA no orkut, que possibilitou o download do material:
1. Turnin' on the Screw 2. Sick, Sick, Sick 3. I'm Designer 4. Into the Hollow 5. Misfit Love 6. Battery Acid 7. Make It Wit Chu 8. 3's & 7's 9. Suture Up Your Future 10. River in the Road 11. Run, Pig, Run
Sugestão de Playlist:
Black Cat Moan - Jeff Beck
I think I lost My Headache - Queens of The Stone Age
Colossal - Wolfmother
Desafinado - João Gilberto e Stan Getz
Let it Down - George Harrison.
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