sexta-feira, 6 de junho de 2008

Bluesbreakers

Mais um post com introdução porca e enchendo linguiça...

Saudações colegas leitores!

Não este espaço não foi abandonado. Está firme e forte - como nosso Corinthians - na dura batalha de revelar e disseminar as pérolas que já passaram ou estão para passar por ouvidos atentos ao redor de todo o globo. Como sabemos, a cada dia brota mais música na terra, junto com um bando de lixo descartável. A tarefa é árdua e, ao que parece, estou só neste blog (companheiros autores, isso foi uma alfinetada). Mas como há ainda alguns sobreviventes entre os leitores, trago-lhes uma nova pérola. De antemão já aviso que é blues do bom, feito por quem realmente sabe, na boa década de 60.

Há alguns posts atrás, João Victor lhes contava a história do Cream em 2 capítulos. No meio dessa história, um importante John Mayall gravaria com Eric Clapton mais os Bluesbreakers um sacro álbum na biblioteca do blues: John Mayall & The Bluesbreakers with Eric Clapton (grande título).

Conhecido pelos fãs como "The Beano", o disco é magnífico, para dizer pouco. Clapton, em grande forma, dispara riffs e solos mirabolantes sobre standards de blues muy bien executados por John McVie e Hughie Flint na cozinha do conjunto. Em meio a isso, tecladinhos serelepes e a gaita incediária de John Mayall sapecam as canções, resultando numa obra de qualidade indiscutível.

Muitos podem dizer que um álbum majoritariamente composto de standards de blues pode ser enjoativo, mas o conjunto faz questão de provar o contrário. Já de cara All Your Love traça para o ouvinte os melhores prognósticos. E o disco segue com mais outras pérolas, como Little Girl e Hide Away, que soa estranhamente familiar a qualquer um que a ouça pela primeira vez (já ouviu falar em inconsciente coletivo?). Clapton ainda aproveita para emprestar o riff de Day Tripper em What I'd Say, e sem dúvida nenhuma se constitui como a grande cereja do bolo de John Mayall. Não por acaso, nessa mesma época surge a famosa inscrição "Clapton is God" nas ruas de Londres.

Com todo esse background, só resta ao leitor baixar o material.


Abraço!

Sugestão de Playlist:

1. John Mayall & The Blues Breakers - Little Girl
2. Division of Laura Lee - Black City
3. The (International) Noise Conspiracy - Up for sale
4. Milton Nascimento & Jobim Trio - Chega de Saudade
5. Desert Sessions - Nenada

2 comentários:

Ito disse...

Boa, garoto. Album fantástico! Eu o tenho a versão deluxe, que vem em 2 discos, sendo que no primeiro tem o disco em mono e stereo, e o segundo algumas gravações ao vivo.
Hide Away soa familiar porque, se eu não me engano, é uma música do falecido Freddie King que, aliás, era um dos ídolos do John Mayall. Tanto é que o último disco dos bluesbreakers, "In the palace ok the king", é uma homenagem ao homem.

Abraço!

silas disse...

haha! o cachorrinho mijando é ótimo. :D

nem posso falar sobre esse disco , porque todos os elogios não cabem aqui. completo? perfeito? isso é, mas o melhor mesmo é poder se deliciar com cada faixa pedindo pra que ela volte de novo, amém.

nossa... adoro discos que deixam a gente sempre querendo mais. :)

obrigado pelo post. belo!