Pós-carnaval, e as coisas ainda vão lentas por aqui. Início de ano atribulado, várias idéias não concretizadas e um bloguezinho faminto. É hora de servir um postzinho encorpado.
Nada de mistérios, introduções marotas, ou palavras boas-vindas. Eis o que teremos por essas bandas. De cara, uma impressão de Radiohead - In Rainbows. Depois, outra impressão, de Tommy Guerrero - Return of the Bastard. E no meio de tudo, comentários inadequados. Adiante...
Thom Yorke e seus capangas causaram o maior frisson na mídia quando resolveram lançar In Rainbows virtualmente. Vários artistas já fizeram isso, inclusive mandando aperitivos via myspace ou por meio de alguns leaks intencionais na downloadsfera (neologismo-mo).
Mas a diferença dessa vez foi a transação. O usuário podia entrar no www.inrainbows.com e baixar o álbum inteiro pelo preço que julgasse justo. Fãs inveterados pagaram rios de dinheiro, assim como curiosos pingaram algum trocado, e outros simplesmente baixaram de graça. Tô falando no passado porquê a mamata acabou. Agora só pagando 40 libras num box com disco vinil, CD duplo (com canções inéditas) e livreto com letras e outros badulaques.
Particularmente, achei a estratégia interessante. Deu pra banda arrecadar uma grana, que teóricamente estaria perdida, já que é fácil achar quase qualquer álbum nas entranhas da web. Além disso, serviu pra dar uma atenção maior aos caras, e agora eles podem cobrar 40 dinheiros pelo disco com algumas cerejas à mais no bolo. Óbviamente, teve gente que discordou, "artista" que achou que a banda se desvalorizou (hue hue hue), nego dizendo que foi só uma "jogada de márketi" e tudo mais. Fato é que chamou a atenção e foi legal.
O disco? Ah é. Bom, o disco é legal sim, é bacana. Sempre fui meio descrente com Radiohead. Achava que só Creep prestava, e que depois disso era só loucura-viajante-eletrônica-niilista. Mais uma vez eu me enganei, e mais, fiquei curioso pra conhecer trabalhos mais reconhecidos deles, tipo Kid A e o OK Computer.
O In Rainbows é um disco coeso na minha opinião. Traz várias influências, do Rock, do jazz ao eletrônico, e com um pitaco de Bossa, tudo convergindo pra um som diferenciado. Difícil explicar bem o som dos caras, dada a minha ignorância em relação ao passado da banda. O disco todo parece uma Jam introspectiva, trazendo elementos de orquestra, bastante piano e acordes de violão muito harmônicos. O bacana é ouvir o analógico com toques de eletrônico, e não o inverso. Destaco Bodysnatchers como a música movimentadinha/dançante, ou Jigsaw Falling into place, mais calma, tipo Chill-out. Mas o restante é bom também, e por isso, o download está disponível logo abaixo.
Em relação a Tommy Guerrero, a sugestão foi novamente do Tadashi. Vou apresentar conforme eu vi no Less Talk, More Rock:
"Um skatista resolve partir pra música. Felizmente, esse não é um post do Charlie Brown Jr. Tommy Guerrero, de San Francisco, foi atleta profissional nos anos 80, chegando a ser membro da lendária Bones Brigade".
É bem por aí. Se formos levar em conta o background do cara, podemos ficar com um pé atrás. Mas nada tem a ver com o Cheirão. Aqui, o gringo mete bronca num som mais funkeado, puxado no groove. Além disso, tem uma levada que lembra Hip Hop, sem aquele ranço artificial. É gente de verdade tocando o som. Quase todo instrumental, esse disco sintetiza a filosofia do Skate ao passo que notamos uma boa influência de Dub. Ou seja, o cara vai jogando tudo na panela, fazendo um refogado com um pouco de cada coisa.
O resultado é um som bem original e interessante. Rola um baixo mais atrevido aqui, uma guitarra besuntada de Delay ali, um assobiozinho malandro acolá, e por ai vai. Destaque para Bloodinthemud, Zapata's boot's e Paper Switchblade. Logo abaixo uma prévia do som, e mais embaixo o download, totally free!
Finalizando, gostaria de anunciar a todos a campanha que acabou de me ocorrer. Como alguns sabem, sempre achei válida qualquer contribuição para esse espaço e por isso resolvi lançar a campanha Feed this Blog. Se você quer escrever um texto sobre algum som bacana, quer sugerir algum álbum, ou simplesmente que falar de alguma coisa, manda um texto pra gente no 115decibeis@gmail.com. O texto irá passar pelo nosso rigorosíssimo crivo, e poderá ser publicado, com os devidos créditos ao autor.
Parece brincadeira, mas quem quiser mandar textos, saiba que o espaço está aberto e o e-mail realmente ecziste!
Bom, é isso. Pra você que conseguiu ler até aqui, deixo de lambuja uma pequena apostila com uma coletânea de artigos da Internet, sobre equipamentos de Guitarra (amplificadores, pedais e captadores), que pode ser bem útil. Ainda é a versão beta, com erros gramaticais e poucas fotos, mas é bacaninha. Pra baixar, clique aqui.
O Blog 115 dB não tem fins lucrativos com a venda ou reprodução de arquivos em mp3 e/ou rar. Todos os arquivos indicados neste blog estão hospedados na internet, e o Blog 115 dB apenas indica onde encontrá-los. De acordo com a lei, a troca de arquivos em mp3 no Brasil não é crime. Crime é a venda de mp3 sem dar o devido direito ao autor, gravação de CDS sendo cópia ou sendo a partir de MP3. Os arquivos devem permanecer por, no máximo, 24 horas em seu computador, e posteriormente devem ser deletados. A aquisição desses arquivos é de total responsabilidade de quem fez o download. Qualquer pessoa que vier a denunciar esse site ou qualquer um dos membros, terá de provar que o(s) mesmo(s) está(ão) tendo lucro sem dar os devidos direitos autorais aos artistas e bandas. Os membros do blog não têm responsabilidade alguma sobre os arquivos que o participante baixou ou venha a baixar e a finalidade do mesmo. O usuário deste blog, tem total conhecimento e aceita os termos referidos acima e qualquer ato que venha a tomar é de sua total responsabilidade. Os comentários não representam a opinião do blog e são de total responsabilidade do usuário. Baixe os arquivos, mas não deixe de comprar os originais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário