segunda-feira, 8 de outubro de 2007

:: Propagandhi Live! (06/10) ::

“We don’t care if we’re destroyed, we’ll never capitulate. We’ll take the whole fucking world down with us in flames”

"Fudido. Bom Bagarai. Do cacete. Muito Foda."

Poucas palavras poderiam definir com precisão o que foi o show do Propagandhi em São Paulo, no último sábado (06/10). Certamente, qualquer uma delas tem um significado positivo. Insano, apoteótico, genial e fantástico são boas pedidas, mas talvez a melhor definição venha do Inglês. O show foi Trash, no melhor sentido da palavra. Não só porque a própria banda se define como progressive-trash, mas também porque a casa estava repleta de Trashers ensandecidos.

O Outs abriu por volta das 16h, mas eu só fui dar as caras no local às 19:20h. Logo na entrada, eu via Todd “The Rod” (baixista da banda). Do outro lado, um skinhead apanhando muito. Foi derrubado no chão, levava fortes chutes no crânio e jorrava sangue pelos buracos dos piercings. Depois levantou-se e acendeu um cigarro, como se esse tipo de situação fosse rotineira. Resolvi então entrar.

Lá dentro tocavam bandas de abertura, havia uma pequena banca de camisetas, adesivos e CDs (nenhum do Propagandhi). Uma cerveja e algum tempo depois, o local começava a se empanturrar de gente e as bandas de abertura não acabavam nunca. O show, previsto para começar entre 19h e 19:30h foi começar perto das 22h.

Já no palco, os canadenses se preparavam e o público, eufórico, se espremia para se aproximar. A 1 metro de distância da banda, eu também aguardava ansioso. E então Chris Hannah deu os seus primeiros acordes, anunciando “A Speculative Fiction” e levando todos à loucura. Nunca vi tantos Stage-dives na vida, como nesse show. Foram dúzias de bicas na cara e cotoveladas na costela. O vídeo abaixo talvez consiga dar uma idéia da energia que rolava lá.

Desse ponto em diante, fica difícil descrever o show. Muita pancadaria, solos inebriantes de guitarras, linhas de baixo agressivas e marretadas de bateria marcavam cada pedrada que rolava. Tocaram grandes sons como “Back to the Motor League”, “Die Jugend Marschiert”, “Anti-manifesto”, entre outros. Mas também faltou muita coisa, como “The State Lottery”, “With friends like these (...)”, “Iteration”, etc.

Depois de uma pequena pausa e um BIS, o Propagandhi encerrava o show com “Who Will Help me Bake this Bread”. Pouco depois do show, ainda perambulavam pelo ambiente, doavam algumas palhetas e se arriscavam de leve no português. São caras simpáticos e humildes.

A despeito das mudanças de local, do som um pouco desregulado, e da curta duração em função das 57 bandas de abertura, posso afirmar com certeza que foi o show mais foda de todos os tempos. Já poderia morrer feliz hoje. Sabe Deus daqui quantos anos eles voltam pra cá, e ainda, daqui quanto tempo sai algum álbum novo. Do lado de cá, só nos resta contar vantagem para os que não foram, e aguardar por mais.

Sugestão pra quem quer começar a ouvir: Today’s Empires, Tomorrow’s Ashes (Álbum)

Créditos do vídeo: KFCnirvana
Créditos da Foto: Kaio Ramone

Sugestão de playlist:
1. Propagandhi - Back to the motor League
2. Jeff Beck - Black Cat Moan
3. Queens of The Stone Age - In My head
4. Bersuit Vergarabat - Se viene
5. Lagwagon - Love Story

Um comentário:

Spock disse...

Peruzão... foi uma honra estar ao seu lado durante o show mano!!! puta show foda... nunca vi tanta energia (tanto da banda qto dos fãs)... faltaram algumas pérolas mesmo, mas todas foram mto boas... dou um crédito especial pra Speculative Fiction, e mais ainda pra Haillie Sellasse, q foi duca!!!
Deixo em aberto ainda a minha visão do show, q brevemente será publicada aqui !!!

abração